O poder da mandala

Olá gente!

Tudo bem com vocês?

Espero que sim. Aqui estamos todos de volta ao trabalho e aos estudos, mas com as energias renovadas e a fé fortalecida. E algo que tem chamado minha atenção nos últimos dias é sobre os ensinamentos das culturas orientais para que possamos viver melhor no presente.

É comum ver que nós ocidentais tomamos parte da cultura oriental e damos novos sentidos. Um caso bem interessante é sobre o poder da mandala em nossa imaginação. Basta ver a quantidade de livros de pintura para adultos, também chamados de livros antiestresse ou arte terapia e que têm como tema principal a pintura de mandalas. Eu mesma presenteei minha amiga Catarina com um deles algum tempo atrás. E quem não conhece e quer se divertir ou relaxar com eles, vejam quantos podemos encontrar em livrarias e bancas de revistas:

A questão principal é: qual o poder da mandala? conhecemos todos os seus significados originais? sabemos de sua importância nas culturas hindu e budista tibetana?
Bom, a partir de uma pesquisa breve em alguns dos meus livros sobre simbologia e psicanálise, trago algumas breves explicações que podem ajudar quem tiver interesse de se aprofundar nesse lindo tema.
Inicialmente, a palavra MANDALA vem do sânscrito e significa "círculo". O círculo por sua vez simboliza a totalidade, o todo seja ele cósmico, espiritual ou psíquico. O objetivo principal da mandala é conduzir a pessoa na meditação daí vem a importância da existência de símbolos com significados especiais em cada tradição religiosa. Para Brenda Mallon, a mandala significa ainda harmonia, equilíbrio e uma jornada para a iluminação pessoal.
A mandala também é uma representação do cosmos e da consciência e serve para o progresso espiritual, segundo Claire Gibson. As diversas formas que aparecem numa mandala, como círculo, centro, quadrado, triângulo para cima ou triângulo para baixo possuem sentidos especiais dentro das crenças hindus e budistas. O círculo por exemplo simboliza o universo ou o eu.
Dessa forma, a mandala é um auxiliar para a grande transformação pessoal, principalmente quando reúne os elementos simbólicos necessários para a meditação que auxilia a progressão. Manfred Lurker oferece a descrição de uma mandala ideal para meditação segundo a tradição budista. Após essa minha incursão pelos sentidos da mandala, nunca mais olharei uma da mesma forma e vou procurar uma representação para colocar em meu espaço zen, em breve.
Para quem quiser saber mais, pode procurar nas referências que cito no final do post e explorar os links abaixo das imagens.
Espero que aja um novo despertar para cada um de nós nesse novo ano, novo tempo e começo de novas transformações planetárias.
Não esqueça de deixar seu comentário, meu coração fica grato pela gentileza.
Um beijo de luz:
Andreia Regina

Imagem: Via Pinterest.

http://ktc.org.br/blog/2013/12/1575/

Monges produzindo mandala com areia colorida.

PARA SABER MAIS:

GIBSON, Clare. Como compreender símbolos. Guia rápido sobre simbologia nas artes. São Paulo: SENAC, 2013.
JUNG, Carl G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
LURKER, Manfred. Dicionário de simbologia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
MALLON, Brenda. Os símbolos místicos. Um guia completo para símbolos e sinais mágicos e sagrados. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009.

Encontros com a Arte

Vincent Van Gogh

Foi o tempo que estudar história da arte era apenas para os eruditos, intelectuais e acadêmicos. Desde que Walter Benjamin disse que a áurea da obra de arte havia mudado com a reprodução técnica, continuamos vendo as pessoas consumindo arte, seja visitando museus e exposições, lendo livros de arte, comprando souvenir e reproduções e decorando suas casas com as telas dos mais famosos pintores do mundo ocidental.

Vicent Van Gogh

Minha paixão pela História da Arte começou na faculdade através das aulas da professora Conceição. Ela conseguia nos transportar para interior de catedrais, praças incríveis, pequenos e charmosos bosques e palácios majestosos. Posso dizer que fiz disso uma das mais paixões e sempre tive na minha estante, ótimos livros sobre estilos artísticos e arquitetônicos e vida e obra de pintores.

Frida Kahlo

Jan Van Eyck

Nesse ano fui convidada por um grupo de amigos para mediar uma conversa em torno da arte desde a antiguidade até o século XIX. O resultado foi uma série de encontros ricos de reflexões, fruição, interpretação e assombro diante do gênio de grandes artistas. 

A proposta inicial era estudar todas as expressões da arte, incluindo arquitetura, escultura e pintura, mas, o grupo sugeriu que a segunda parte do curso fosse focada na vida e obra dos artistas e acabei me sentindo quase como Giorgio Vasari, na busca pelo talento e pela personalidade de cada um deles.

Iniciamos nossa jornada pelo Alto Gótico e conhecemos mais sobre dois artistas que são considerados os fundadores da pintura enquanto expressão artística: Cimabue e Giotto. Depois mergulhamos no Renascimento e tivemos contato com os dois grandes colossos do período: Leonardo Da Vinci e Michelangelo. 

Nosso passeio seguinte foi pela riqueza e deslumbramento do barroco, tratamos da perfeição do uso do claro e escuro e do realismo da obra do mestre Caravaggio e aproveitamos pra falar de Aleijadinho e das maravilhas que ele criou em Minas Gerais. Tanto Caravaggio quanto Aleijadinho foram meus acompanhantes durante minhas férias em Minas Gerais.

Exposição de Caravaggio, em BH.

Os profetas de Aleijadinho em Congonhas do Campo.

No Renascimento Nórdico fizemos uma viagem pela arte e imaginação do artista Hieronymus Bosch, ou El Bosco. Sua obra é no mínimo inquietante:

Jardim das Delícias

Do século XVII conhecemos o trabalho do pintor diplomata, Peter Paul Rubens e seu interesse pelos temas mitológicos.

Perseu e Andrômeda

 E depois, ficamos encantados com o detalhismo e realismo do mestre holandês Rembrant:

O banho

Nossos encontros foram encerrados com dois grandes nomes do século XIX: Antonio Canova e Jacques-Louis David. Canova é considerado um dos mais famosos escultores italianos à serviço do retorno ao clássico.

Eros e Psiquê

Enquanto Canova representa uma nova versão sobre a escultura clássica, David aprimora o tema a partir de uma nova perspectiva na pintura. Ambos eram os artistas favoritos de Napoleão Bonaparte:

Madame Récamier

Para o encerramento, pensei em entregar um souvenir especial e resolvi descobrir qual o artista preferido de cada um dos participantes de nosso encontro e olhem só o que projetei:

 

Os pintores escolhidos foram: Caravaggio, Van Eyck, Van Gogh e Frida Kahlo. Fiz o download dessas imagens e procurei uma loja que produzia souvenirs. Entreguei os arquivos e horas depois já estava com as lembranças prontas.

Vamos conhecer cada uma delas?

O Casal Arnolfini de Van Eyck foi para Cláudia.

O Cupido de Caravaggio flechou Carolina

Já os girassóis de Van Gogh foram entregues pra Maísa

Claro que Caravaggio foi o encontro mais emocionante. Essa é a caneca de Claudinê

E por último, um belo buquê de Magnólias de Frida Kahlo para Luciana

Embrulhadas para a entrega em nossa confraternização natalina

Meu amado grupo de História da Arte. Certeza que ano que vem tem mais paixão e amor nos encontros com a arte.

De tudo, fica a certeza que crescemos bastante em nossa compreensão da Arte Ocidental a partir das vidas e obras dos artistas. Só tenho a agradecer a cada um deles pelo interesse, entusiasmo e principalmente o carinho comigo. Hoje não somos apenas um grupo de estudos, somos parceiros do conhecimento.

Minha dica para vocês é que procurem uma professora ou professor de História da Arte que possa manter esse diálogo com vocês uma vez por semana ou uma vez por mês. Para quem mora em Natal-RN e quiser montar um grupo parecido com o que já tenho, pode me inscrever no e-mail pessoal: atenasregina@yahoo.com.br ou me seguir pelo twitter @AndreiaReginaBr. Será um prazer imenso fazer essa jornada com outros amantes da Arte.