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domingo, 22 de julho de 2018

Cinco dicas para quem quer adotar

Olá gente, tudo bom? espero que esteja tudo bem.
Completamos 3 anos da decisão da adoção e nesse tempo aprendi tanto sobre o processo que quero compartilhar com vocês algumas experiências. Vamos para minhas dicas?
decida adotar pelos motivos corretos.

Sempre me vi como uma mãe, mas nunca me enxerguei grávida, o que mostra que inconscientemente eu já me preparava para adoção, estando aberta para receber um filho ou filha gerado por outro casal, mas que eu amaria como se fosse nosso ou nossa.
Tenho visto as pessoas falarem de adoção como forma de preencher o vazio da infertilidade ou buscar uma companhia para a velhice e os dois motivos estão incorretos.
Somos seres egoístas e no geral, imaginamos a nossa felicidade e satisfação de nossos desejos sem levar em conta o outro na história. Uma criança que chega numa família para ocupar o lugar de um filho biológico que não vingou ou ter que assumir o papel do esteio futuro da família é um fardo muito grande para uma criança carregar.

adote se o casal estiver de pleno acordo.
Outro dia uma colega me dizia que queria muito adotar, mas que seu marido insistia pelo filho biológico. Comigo e meu marido foi totalmente diferente. Ele já tinha dois filhos biológicos de outros relacionamentos antes do nosso casamento e eu sempre quis ser mãe adotiva. Ele também tinha esse desejo de adotar, então no começo do namoro falamos sobre a possibilidade e colocamos em prática 4 anos depois de casados.
Quando os dois querem adotar, não há espaço para arrependimentos e culpas. A decisão foi do casal e juntos precisam enfrentar os desafios que a maternagem e paternidade oferecem.


comunique para a família sobre a decisão.
Muitos casais procuram esconder a decisão e só revelam quando entram na fila ou pior, quando chega o filho ou filha. Não há necessidade de se fazer segredo, afinal, quando é uma gravidez biológica todos são avisados antes dos 3 meses de confirmação e a notícia é recebida com festa e alegria. No caso da adoção, é uma gravidez diferente, e a família precisa ser envolvida, afinal terão um novo parente chegando e precisam acolher com carinho e afeto o novo membro da família.
quando ouvir comentários maldosos ou preconceituosos, reaja com serenidade.
Não lido bem com pontos de vistas limitados sobre uma questão, sempre me questionando sobre por qual razão a pessoa não se informou melhor antes de fazer o questionamento. Porém, quando as pessoas sabem que queremos adotar, os comentários são os mais insensíveis possíveis, inclusive perguntam se o casal é infértil, se vamos adotar algum parente ou se estamos fazendo caridade. Fiquem atentos para esse tipo de comentário e procurem argumentar que filhos biológicos ou adotivos podem dar as mesmas preocupações, pois não importa a origem e sim a formação do caráter e as interferências da cultura. Esteja pronto para dizer que não está fazendo caridade com a criança e sim, exercendo o papel de mãe ou pai de uma forma diferente.
se prepare financeiramente para a chegada do (a) filho (a).
Eu ouvi muito esse conselho, mas preferia comprar brinquedos, itens do enxoval, objetos decorativos, livros e acessórios para minha futura filha. Qual o resultado de tudo isso três anos depois? Tenho pouco mais de um salário mínimo de reserva para quando ela chegar, quando poderia ter um valor muito maior. Comece juntando aos poucos num cofre, numa poupança ou num investimento, não importa se vai ser 10 reais por semana ou 100 reais por mês. O ideal é que você possa ter um valor para comprar as roupas, acessórios que serão úteis e tudo mais que vai precisar.

Das cinco dicas acima, a última comecei quase um ano atrás, mas as outras foram o ponto de partida que seguimos. Hoje, toda nossa família apoia a decisão e participa do processo, inclusive nos dando suporte emocional quando o desânimo da espera aparece.
 Na próxima postagem sobre o tema, vou falar sobre como evitar problemas durante seu processo de adoção e espero poder ajudar muito quem como nós está esperando a cegonha chegar.
Um forte abraço e até logo:
Andreia Regina









terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Aumentando a família: o processo de adoção

Olá gente, tudo bem? Espero que sim. Eu estou por aqui atolada em provas e correções, porém feliz que em breve as férias chegam e descanso com meus amores.
Falando em amores, dizem que família é tudo, e isso é extremamente real. Quando nascemos, já somos sujeitos carentes de afeto e necessitamos de afago e amor para nos desenvolvermos como pessoas sadias e amáveis.

Obra de Katie Berggren

Entretanto, nem toda família biológica implica reencontro de almas. Muitas vezes parece que se nasceu na família errada diante de tantos conflitos que se apresentam nos relacionamentos. A verdade é que todos precisam ser adotados em afeto e sentimento e apenas os laços de sangue não são uma garantia de nascimento espontâneo desse amor.
Enquanto adotante e futura mãe, tenho sentido na pele e no coração os dissabores e alegrias de ter escolhido uma gravidez invisível ou como chamam, uma maternidade afetiva. Ao dissabores estão na espera prolongada, que para nós já tem 14 meses, desde a entrega de todos os documentos junto à Vara de Infância, Juventude e Idosos da nossa Comarca. Também existe o dissabor no olhar que algumas pessoas nos lançam, numa espécie de crítica pela nossa decisão da adoção.
Mas as alegrias já são tantas que superam a tristeza. Temos já certeza da chegada de nossa filhinha. E eu já rezo por ela, para que seja protegida pelo seu anjinho da guarda, enquanto não nos encontramos. Existe também alegria em saber que nosso amor será multiplicado e que a fonte dessa matemática simples é a vinda da cegonha com a nossa bebê.

Assim, para quem quer aumentar a família pelo coração, sugiro muita leitura de obras escritas por conhecedores dos caminhos da adoção. A leitura tem me ajudado bastante a entender a construção dos vínculos entre mães, pais e filhos do coração.

Muita luz e muita paz:
Andreia Regina 

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