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quarta-feira, 27 de março de 2019

Conhecereis a verdade e ela vos libertará


Andreia Regina Moura Mendes
            No Novo Testamento, encontramos no Evangelho de João, capítulo oito, uma passagem que narra um importante debate que Jesus realizou no templo judeu. Nessa discussão, Jesus afirma ser a luz do mundo e indica que a sua autoridade e missão foram designadas por Deus.
            Jesus indica que as suas palavras derivam do que o Pai o ensinou e que por essa razão, seus passos são guiados a partir dos ensinamentos que derivam do próprio Deus. É importante destacar a passagem revelada em João (8:31-32): “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e ela vos libertará”.

            O primeiro ponto relevante nessa discussão é a importância que Jesus confere ao aprendizado dos preceitos divinos. Ele se coloca como aprendiz do Pai Celestial que veio ao plano físico para se tornar mestre da verdade e assim, ensinar outros a andarem no caminho do bem e assim obterem a luz da vida.
            O outro ponto de destaque é a ênfase que Jesus confere ao objetivo de aprender a verdade, que é a libertação do pecado. Ora, ele mesmo reconhece que os judeus de sua época não compreendiam como o mal praticado pode paralisar a sua evolução rumo à vida eterna, e Jesus tenta dissuadi-los de permanecerem na mentira, perpetrada pelo mal, e assim, buscarem compreender a visão de Deus para a humanidade.
            Jesus se coloca primeiro como um humilde discípulo dos ensinamentos de Deus e em seguida, se apresenta como mestre da sua verdade e da chave para a libertação da morte eterna. E como nós podemos conhecer a liberdade e alcançar a libertação preconizada por Jesus Cristo há mais de dois mil anos?
            Inicialmente, devemos lembrar que a Doutrina dos Espíritos é baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo e no conhecimento sobre as leis divinas, sendo assim, todos e todas que almejam a sua passagem para a vida eterna em mundos ditosos, necessitam primeiro aprender sobre a palavra de Deus, sua verdade e suas leis.
            Além do estudo das obras codificadas pelo professor Denizard Rivail, é importante se apropriar de forma estruturada dos princípios da religião dos espíritos a partir  do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita. Sabemos que o Espiritismo é uma doutrina que tem como seus três pilares, a religião, a filosofia e a ciência, dito isto é importante destacar que a Federação Espírita Brasileira criou no ano de 1983 um curso no qual é possível em um período programado de dois anos, compreender os princípios da doutrina para se responder às exigências da vida atual, com fins de se aprimorar para a própria evolução.
            O curso é dividido em dois volumes e no primeiro pode-se aprender sobre o aspecto tríplice de nossa doutrina, o contexto de criação do Espiritismo, e os elementos principais, Deus, a existência e sobrevivência do espírito, sua capacidade de comunicação, o processo de reencarnação, como também sobre a pluralidade dos mundos habitados e as primeiras Leis Naturais. Quanto à segunda parte do curso, os temas abordados são as Leis Morais, as Esperanças e Consolações.
            Diante do exposto, é de suma importância retomar o conselho de nosso mestre Jesus, que nos orienta que devemos nos apropriar da verdade e assim nos libertar do ciclo de provas e expiações para a partir desse conhecimento posto em prática, desfrutar da vida eterna.
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, João Ferreira de (tradutor). Bíblia Sagrada. Novo Testamento. 2 ed. Barueri, SP: Sociedade bíblica do Brasil, 1993. p.84-85.
ROCHA, Cecília (organizadora). Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita: programa fundamental. 2 ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2011. V.1; 336 p.  
ROCHA, Cecília (organizadora). Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita: programa fundamental. Brasília: FEB, 2015. V.2; 241 p.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

RESILIÊNCIA, VENCENDO AS DIFICULDADES E SUPERANDO-SE






       Resiliência parece palavra da moda, quando acordamos e buscando novidades na redes sociais encontramos alguém dizendo que quer ser mais resiliente diante da vida. Entretanto, apesar do termo ter se popularizado, sua origem vem de uma ciência da natureza, chamada física, e significa a capacidade que um corpo tem de retornar ao seu estado natural após sofrer uma determinada pressão.


            Assim, o termo da física acabou sendo tomado emprestado pelos profissionais da psicologia e se tornou sinônimo para a capacidade que cada ser humano tem de suportar as dificuldades e se adaptar às mudanças que são geradas no momento dessa crise. E quem de nós já não vivenciou um grande obstáculo na sua vida? Com exceção de fatos irreversíveis, como doenças terminais ou desencarne, tudo mais na vida pode ser suportado.

            Aprende-se a ser resiliente quando se entende que vivemos ainda em um mundo de provas e expiações, sendo os problemas em nossa jornada lições para nossa aprendizagem e testes para nosso aprimoramento moral e espiritual. Aqueles que não compreendem tal verdade acabam se frustrando mais, se culpando mais e consequentemente, adoecendo o corpo e a alma. 


            A resiliência é como uma armadura diante dos ataques que sofremos em nosso cotidiano nas diferentes esferas da vida, seja familiar, profissional, social, religiosa ou acadêmica, pois de tempos em tempos nos aparecem determinados percalços que exigem uma escolha para o seu enfrentamento.

            Enfrentar as dificuldades e buscar soluções para os problemas são comportamentos de pessoas resilientes. Pessoas com baixa resiliência evitam enfrentar os problemas de frente, se vitimizam, catastrofizam os eventos e acabam ficando tão perturbadas que abrem espaço para depressão ou obsessão.

            Ser resiliente nos torna mais fortes e aptos a aceitar as transformações que a vida nos apresenta, permitindo enxergar a vida por diferentes ângulos e focar na positividade e na benção ou lição que a dificuldade nos trouxe. Isso nos afasta do pessimismo e da revolta, produzindo em nós uma crença de que ao final, tudo vai passar.

            Por essa razão, a resiliência é uma habilidade que precisa ser colocada em prática para nosso fortalecimento diante das intempéries da vida. Algumas situações exigem mais de nosso controle emocional, empatia e replanejamento, juntando tudo isso com fé em Deus e compreensão da pluralidade das existências, entenderemos que é necessário ser resiliente para saltar os obstáculos e superar nossos próprios limites.



Referências bibliográficas:

.           KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita. Trad. de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.

                                      . O evangelho segundo o espiritismo: com explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. 3. ed. Brasília: Federação Espírita Brasileira, 2013.

Andreia Regina Moura Mendes
Artigo publicado no Jornal O Seareiro, da SEFA-Parnamirim-RN

domingo, 24 de dezembro de 2017

A missão do homem de bem


            Chegou o Natal e como todos os anos, as pessoas se enchem do desejo de festejar e presentear aos que querem bem, mas quantos se lembram de serem presença benéfica o ano todo? Quantos lembram que antes de comemorar o Natal é preciso celebrar o nascimento do nosso modelo maior, nos apresentado pelo Cristo? Vive-se a corrida aos shoppings em busca dos presentes ideais, mas falta uma outra procura, que são dos sentimentos e virtudes que nos tornem pessoas de bem não apenas na noite de Natal, mas durante todas as noites de nossas existências, pois estamos aqui em uma missão de transformação moral.

            A generosidade é louvável nessa época, mas ela é vazia de sentido se não estiver revestida da caridade e abnegação desinteressada. O final do ano é a época ideal para se fazer um balanço geral sobre como anda nossa vida, mas acima de tudo, para estudar nossas próprias fraquezas e imperfeições e descobrir como podemos ser melhores na missão que nos foi dada: ser homens e mulheres de bem.

            Na obra O que é o espiritismo, Kardec compartilha o conhecimento da Lei divina de que precisamos desenvolver qualidades morais e intelectuais para assim agirmos no caminho do bem (KARDEC, 2009, p.158). Ora, sabe-se que o caminho do bem passa pela caridade, que é o exercício de todas as outras virtudes necessárias para cada espírito encarnado evoluir moralmente e auxiliar os irmãos de caminhada no seu progresso.

            E como podemos realizar nossa missão no bem? Através do amor e do perdão, fazendo tudo de bom e útil que nos for possível, mantendo a fé em Deus e na sua infinita misericórdia e sabedoria.  A aceitação das provas e expiações sem queixas e murmúrios é outra tarefa que nos auxilia em nossa missão, tendo em vista que assim compreendemos que cada obstáculo que se coloca em nosso caminho é oportunidade de correção do curso de uma existência anterior e assim, retomar nossa jornada rumo à Pátria espiritual.

            Mesmo diante dos infortúnios, entender que fazer o bem pelo bem é nossa obrigação, deixando de lado a vaidade, o orgulho, a inveja e a avareza, sendo indulgentes com as fraquezas alheias e praticando o altruísmo na perspectiva que: “O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus”. (KARDEC, 2013, p.233)

            O espírito Emmanuel, em página inspiradora nos fala da necessidade do bem, nos lembrando que: “Nunca é demais repetir a necessidade de perdão, bondade e otimismo, em nossas fileiras e atividades”. (EMMANUEL, 2013. p.369)

            É o bem que nos conduz para o Alto, somente ele é a centelha de perfeição que o Pai Celestial nos dotou para que possamos ser bons, justos, fraternos e assim evitar o mal, pois o homem e a mulher de bem: “Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado”. (KARDEC, 2013, p.233).
Natividade, afresco do pintor italiano Giotto.


            A missão do bem nos aproxima de Jesus Cristo que a cada ano renasce em nossos corações e mentes nos pedindo para praticar sua Lei de Amor e caridade, pois: “A caridade é a lei suprema do Cristo: Amai-vos uns aos outros como irmãos; amai vosso próximo como a vós mesmos; perdoai os vossos inimigos; não façais a outrem o que não gostaríeis que vos fizesseis. Tudo isso se resume na palavra caridade. (KARDEC, 2009, p.165).

EMMANUEL. Fonte Viva. Brasília: FEB, 2013. Psicografado por Francisco Cândido Xavier.

KARDEC, Allan. O que é o espiritismo. 74 ed. Araras, SP: Ide, 2009.

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2013.


Artigo publicado no jornal da Seara Espírita Francisco de Assis, Parnamirim-RN Dez/2017


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