sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cenário de pós-vendaval

Sabe aquele dia que você entra na sua casa e tem a impressão fortíssima que o caos sentou em um canto do seu sofá e tá cantando: "daqui eu não, daqui ninguém me tira"? É justamente assim que me sinto hoje.
Depois de quatro dias de trabalho de campo em outro estado da região, retorno com o espírito antropológico renovado, mas quando piso na calçada de casa, as vontades que tive foram: 1ª voltar para o aeroporto, 2ª chamar uma faxineira e 3ª deitar na cama e dormir para ver se acordava do pesadelo.
Mas não adianta muito brigar com marido por causa da louça suja de 4 dias e da bagunça na sala de visita. Nem faz muito efeito gritar com Arthemis pelas baratas mortas espalhadas pela casa (achei duas até agora), ou com Bob por toda a sujeira na garagem, jardim e lateral da casa.
Na verdade, a única solução é colocar as malas em um canto, tomar um bom e demorado banho, sentar no computador por alguns instantes e por fim, decidir por onde começar.
É claro que depois de 4 dias viajando pela infinita highway, o que menos queremos é trabalho doméstico, mas, se não for eu para dar o primeiro passo, então, Caos vai ficar rindo da minha cara o carnaval inteirinho.
Assim, após as etapas que disse para vocês, tomei a primeira decisão: o que limpar e organizar primeiro: a garagem e o jardim. Com um cenário de pós-vendaval, havia folhas secas, flores murchas, panfletos espalhados, carta na caixa do correio, sujeira, poeira, areia e um quadro de profunda desolação no meu rosto. Mas aprendi uma coisa com minha mãe: "comece sempre pela frente da casa". Claro que nunca digo para Dona Lurdinha que a dica dela é ótima, apenas faço e vejo que funciona e deixa a gente com mais disposição de continuar o resto.
Então, foi muita água, muito material de limpeza e pegue braço e vassouradas para resolver tudo. No final, a área ficou limpa, perfumada e as plantinhas agradeceram o meu retorno pois já estavam na UTI de tão secas e empoeiradas.
Depois disso, Caos já me olhou com a cara torta e começou a ficar inquieto na sala. Melhor para mim que para espantá-lo de vez aproveitei e coloquei um vaso bem florido na entrada da casa e ver se ele entende que já estou de volta para a terapia da casa. Com a limpeza da área mais crítica e devastada, fica mais fácil tomar as decisões seguintes. Como é mais rápido arrumar as coisas do que limpar tudo em pouco tempo e com o cansaço batendo com força em você, eu organizei a sala, recolhi o lixo que encontrei espalhado e limpei os vasos sanitários. Pronto, o básico foi mantido, mas e a louça? Ficará aguardando o meu amor-marido para cuidar dela, afinal, em uma casa é importante que todos os papéis sejam bem definidos e que todos conheçam sua responsabilidade e rotina. Enfim, Caos se foi e vamos agora aproveitar a sexta-feira.

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