quarta-feira, 27 de março de 2019

Conhecereis a verdade e ela vos libertará


Andreia Regina Moura Mendes
            No Novo Testamento, encontramos no Evangelho de João, capítulo oito, uma passagem que narra um importante debate que Jesus realizou no templo judeu. Nessa discussão, Jesus afirma ser a luz do mundo e indica que a sua autoridade e missão foram designadas por Deus.
            Jesus indica que as suas palavras derivam do que o Pai o ensinou e que por essa razão, seus passos são guiados a partir dos ensinamentos que derivam do próprio Deus. É importante destacar a passagem revelada em João (8:31-32): “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e ela vos libertará”.

            O primeiro ponto relevante nessa discussão é a importância que Jesus confere ao aprendizado dos preceitos divinos. Ele se coloca como aprendiz do Pai Celestial que veio ao plano físico para se tornar mestre da verdade e assim, ensinar outros a andarem no caminho do bem e assim obterem a luz da vida.
            O outro ponto de destaque é a ênfase que Jesus confere ao objetivo de aprender a verdade, que é a libertação do pecado. Ora, ele mesmo reconhece que os judeus de sua época não compreendiam como o mal praticado pode paralisar a sua evolução rumo à vida eterna, e Jesus tenta dissuadi-los de permanecerem na mentira, perpetrada pelo mal, e assim, buscarem compreender a visão de Deus para a humanidade.
            Jesus se coloca primeiro como um humilde discípulo dos ensinamentos de Deus e em seguida, se apresenta como mestre da sua verdade e da chave para a libertação da morte eterna. E como nós podemos conhecer a liberdade e alcançar a libertação preconizada por Jesus Cristo há mais de dois mil anos?
            Inicialmente, devemos lembrar que a Doutrina dos Espíritos é baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo e no conhecimento sobre as leis divinas, sendo assim, todos e todas que almejam a sua passagem para a vida eterna em mundos ditosos, necessitam primeiro aprender sobre a palavra de Deus, sua verdade e suas leis.
            Além do estudo das obras codificadas pelo professor Denizard Rivail, é importante se apropriar de forma estruturada dos princípios da religião dos espíritos a partir  do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita. Sabemos que o Espiritismo é uma doutrina que tem como seus três pilares, a religião, a filosofia e a ciência, dito isto é importante destacar que a Federação Espírita Brasileira criou no ano de 1983 um curso no qual é possível em um período programado de dois anos, compreender os princípios da doutrina para se responder às exigências da vida atual, com fins de se aprimorar para a própria evolução.
            O curso é dividido em dois volumes e no primeiro pode-se aprender sobre o aspecto tríplice de nossa doutrina, o contexto de criação do Espiritismo, e os elementos principais, Deus, a existência e sobrevivência do espírito, sua capacidade de comunicação, o processo de reencarnação, como também sobre a pluralidade dos mundos habitados e as primeiras Leis Naturais. Quanto à segunda parte do curso, os temas abordados são as Leis Morais, as Esperanças e Consolações.
            Diante do exposto, é de suma importância retomar o conselho de nosso mestre Jesus, que nos orienta que devemos nos apropriar da verdade e assim nos libertar do ciclo de provas e expiações para a partir desse conhecimento posto em prática, desfrutar da vida eterna.
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, João Ferreira de (tradutor). Bíblia Sagrada. Novo Testamento. 2 ed. Barueri, SP: Sociedade bíblica do Brasil, 1993. p.84-85.
ROCHA, Cecília (organizadora). Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita: programa fundamental. 2 ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2011. V.1; 336 p.  
ROCHA, Cecília (organizadora). Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita: programa fundamental. Brasília: FEB, 2015. V.2; 241 p.

terça-feira, 26 de março de 2019

O Milagre da Manhã e seus efeitos na minha vida


Olá amigos e amigas, faz tempo que não apareço aqui, mas continuo esperando vocês no nosso IG @blogterapiadacasa, passem lá e confiram um pouco de nossas conversas, motivações e inspirações.

Hoje quero compartilhar com vocês sobre uma mudança que comecei na minha vida e que tem me ajudado a ser uma pessoa melhor em vários aspectos: a aplicação dos salvadores de vida, criados por Hal Elrod no livro O Milagre da Manhã. Mas antes que você pare a leitura ainda nessa linha, deixa eu dizer que vai além de auto ajuda, e se relaciona muito mais como autoconhecimento. Vou dizer para vocês como isso pode ser verdade.

Era final do mês de janeiro e a empresa que presto serviço como antropóloga me contratou para mais um estudo, dessa vez na cidade cearense de Aquiraz. Eu ainda não conhecia o destino da viagem e fiquei impressionada tanto com as pessoas incríveis que conheci nas minhas entrevistas e levantamento do campo, quanto com a paisagem natural belíssima.

Na segunda noite na cidade, houve uma forte chuva acompanhada de muitos raios e trovões e ficamos sem energia elétrica na cidade, então, a solução foi recorrer aos livros que eu tinha no meu tablet e um deles me chamou a atenção: O milagre da manhã: o segredo para transformar sua vida, antes das 8 horas. O autor é o norte-americano Hal Elrod e confesso que achei a indicação do livro bem por acaso, no Pinterest e resolvi fazer o download.


Então, à luz de velas, comecei a ler o livro sem parar. Ele quebrou com meu paradigma de ser uma pessoa noturna e me ajudou a entender que preciso de uma rotina ao acordar não apenas para dinamizar o meu tempo, mas principalmente para começar o dia de bem comigo mesma, foi assim que finalizei a leitura no outro dia, durante a viagem de carro para o Rio Grande do Norte.

Voltei para casa muito pensativa, principalmente em como eu poderia aplicar os seis salvadores de vida, se eu mesma sou do tipo de ser humano que já acordo na expectativa de colocar o modo soneca e só levantar da cama no último minuto. Foi então que resolvi experimentar fazer o exercício por apenas 6 minutos diários e ver os resultados. Mas antes de falar sobre os exercícios, quero explicar o que eles são.
Hal Elrod definiu seis salvadores de vida, ou do nosso dia:
1- Silêncio.
2- Afirmações.
3- Visualizações.
4- Exercícios.
5- Leitura.
6- Escrita.

O silêncio é aquele primeiro momento que você se coloca em contato consigo e em conexão com o sagrado. Pode ser o momento para uma meditação, um exercício de respiração consciente ou uma oração. Eu tenho aproveitado para fazer uma meditação acompanhada de uma prece bem sincera e espontânea. E isso me traz uma grande alegria e sensação de proteção para começar o dia.

As afirmações fazem parte de uma programação para mudar algo que precisa, ou conquistar alguma coisa que deseja. Eu repito por várias vezes uma afirmação deixando claro para mim e o universo do meu potencial de conquista para aquele dia. Geralmente crio frases voltadas para alguma área de minha vida da qual eu preciso fortalecer minha postura, atitude mental ou mudança de comportamento.

Quanto as visualizações, crio um cenário que enxergo na tela de minha mente e nele vou juntando os elementos que quero ter na minha vida no tempo presente ou no ano vindouro. É um momento de muita bondade para com meus sonhos e metas e sempre procuro incluir pessoas que amo e que precisam sair de uma situação difícil, como meu tio Damião que se encontra hospitalizado, ou visualizo que estou aumentando a minha família. Deixo o cenário ser criado a partir de uma intuição ou memória e enriqueço esse pedacinho de minha vida.

Os exercícios para mim são os alongamentos. Fazia anos que tinha esquecido o quanto é revigorante alongar o corpo antes de começar a jornada diária. Sugiro para quem tem mais tempo, investir em outras atividades. Meu desejo é ampliar esse tempo nos fins de semana e em breve nos feriados, recessos e férias.

Em seguida, vem um momento muito especial, a hora da leitura edificante. Procuro ler sempre mensagens espíritas, trechos da Bíblia, aforismos e máximas de pessoas que já trilharam o caminho do autoconhecimento. Todos os dias aprendo um pouco mais e reflito sobre a leitura, buscando o que aquilo me trouxe de bom para começar o meu dia.

E por último, vou para a escrita de minhas tarefas e compromissos do dia. Faço no Planner, mas quando eu tenho tempo, faço também no diário e a experiência tem sido super gratificante.

Após sete semanas aplicando o Milagre da Manhã, tenho acordado mais disposta e focada. Acordar deixou de ser algo difícil e passou a ser cheio de gratidão e alegria. Antes eu acordava às 5h30, com muita raiva e hoje já estou acordando às 5h20 com disposição. Meu objetivo é entrar para o grupo das 5 A.M., depois falo sobre isso.

Indico demais o livro e a adoção da prática do Milagre da Manhã. Li sobre a vida de Hal Elrod após o sucesso do livro e ele é um ser humano cheio de força de vontade e muita fé, vencendo inclusive um câncer com o apoio da sua família.

O livro tem sido muito bom para mim, e espero que seja melhor ainda para você. Você pode comprar ele online na Saraiva, na Amazon, ou na Estante Virtual, o que importa é que busque essa leitura e veja seu dia sendo transformado e consequentemente, sua vida.

Um abraço bem grande para vocês e me digam o que acharam.
Beijo:
Andreia Mendes



sexta-feira, 28 de setembro de 2018

RESILIÊNCIA, VENCENDO AS DIFICULDADES E SUPERANDO-SE






       Resiliência parece palavra da moda, quando acordamos e buscando novidades na redes sociais encontramos alguém dizendo que quer ser mais resiliente diante da vida. Entretanto, apesar do termo ter se popularizado, sua origem vem de uma ciência da natureza, chamada física, e significa a capacidade que um corpo tem de retornar ao seu estado natural após sofrer uma determinada pressão.


            Assim, o termo da física acabou sendo tomado emprestado pelos profissionais da psicologia e se tornou sinônimo para a capacidade que cada ser humano tem de suportar as dificuldades e se adaptar às mudanças que são geradas no momento dessa crise. E quem de nós já não vivenciou um grande obstáculo na sua vida? Com exceção de fatos irreversíveis, como doenças terminais ou desencarne, tudo mais na vida pode ser suportado.

            Aprende-se a ser resiliente quando se entende que vivemos ainda em um mundo de provas e expiações, sendo os problemas em nossa jornada lições para nossa aprendizagem e testes para nosso aprimoramento moral e espiritual. Aqueles que não compreendem tal verdade acabam se frustrando mais, se culpando mais e consequentemente, adoecendo o corpo e a alma. 


            A resiliência é como uma armadura diante dos ataques que sofremos em nosso cotidiano nas diferentes esferas da vida, seja familiar, profissional, social, religiosa ou acadêmica, pois de tempos em tempos nos aparecem determinados percalços que exigem uma escolha para o seu enfrentamento.

            Enfrentar as dificuldades e buscar soluções para os problemas são comportamentos de pessoas resilientes. Pessoas com baixa resiliência evitam enfrentar os problemas de frente, se vitimizam, catastrofizam os eventos e acabam ficando tão perturbadas que abrem espaço para depressão ou obsessão.

            Ser resiliente nos torna mais fortes e aptos a aceitar as transformações que a vida nos apresenta, permitindo enxergar a vida por diferentes ângulos e focar na positividade e na benção ou lição que a dificuldade nos trouxe. Isso nos afasta do pessimismo e da revolta, produzindo em nós uma crença de que ao final, tudo vai passar.

            Por essa razão, a resiliência é uma habilidade que precisa ser colocada em prática para nosso fortalecimento diante das intempéries da vida. Algumas situações exigem mais de nosso controle emocional, empatia e replanejamento, juntando tudo isso com fé em Deus e compreensão da pluralidade das existências, entenderemos que é necessário ser resiliente para saltar os obstáculos e superar nossos próprios limites.



Referências bibliográficas:

.           KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita. Trad. de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.

                                      . O evangelho segundo o espiritismo: com explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. 3. ed. Brasília: Federação Espírita Brasileira, 2013.

Andreia Regina Moura Mendes
Artigo publicado no Jornal O Seareiro, da SEFA-Parnamirim-RN

domingo, 22 de julho de 2018

Cinco dicas para quem quer adotar

Olá gente, tudo bom? espero que esteja tudo bem.
Completamos 3 anos da decisão da adoção e nesse tempo aprendi tanto sobre o processo que quero compartilhar com vocês algumas experiências. Vamos para minhas dicas?
decida adotar pelos motivos corretos.

Sempre me vi como uma mãe, mas nunca me enxerguei grávida, o que mostra que inconscientemente eu já me preparava para adoção, estando aberta para receber um filho ou filha gerado por outro casal, mas que eu amaria como se fosse nosso ou nossa.
Tenho visto as pessoas falarem de adoção como forma de preencher o vazio da infertilidade ou buscar uma companhia para a velhice e os dois motivos estão incorretos.
Somos seres egoístas e no geral, imaginamos a nossa felicidade e satisfação de nossos desejos sem levar em conta o outro na história. Uma criança que chega numa família para ocupar o lugar de um filho biológico que não vingou ou ter que assumir o papel do esteio futuro da família é um fardo muito grande para uma criança carregar.

adote se o casal estiver de pleno acordo.
Outro dia uma colega me dizia que queria muito adotar, mas que seu marido insistia pelo filho biológico. Comigo e meu marido foi totalmente diferente. Ele já tinha dois filhos biológicos de outros relacionamentos antes do nosso casamento e eu sempre quis ser mãe adotiva. Ele também tinha esse desejo de adotar, então no começo do namoro falamos sobre a possibilidade e colocamos em prática 4 anos depois de casados.
Quando os dois querem adotar, não há espaço para arrependimentos e culpas. A decisão foi do casal e juntos precisam enfrentar os desafios que a maternagem e paternidade oferecem.


comunique para a família sobre a decisão.
Muitos casais procuram esconder a decisão e só revelam quando entram na fila ou pior, quando chega o filho ou filha. Não há necessidade de se fazer segredo, afinal, quando é uma gravidez biológica todos são avisados antes dos 3 meses de confirmação e a notícia é recebida com festa e alegria. No caso da adoção, é uma gravidez diferente, e a família precisa ser envolvida, afinal terão um novo parente chegando e precisam acolher com carinho e afeto o novo membro da família.
quando ouvir comentários maldosos ou preconceituosos, reaja com serenidade.
Não lido bem com pontos de vistas limitados sobre uma questão, sempre me questionando sobre por qual razão a pessoa não se informou melhor antes de fazer o questionamento. Porém, quando as pessoas sabem que queremos adotar, os comentários são os mais insensíveis possíveis, inclusive perguntam se o casal é infértil, se vamos adotar algum parente ou se estamos fazendo caridade. Fiquem atentos para esse tipo de comentário e procurem argumentar que filhos biológicos ou adotivos podem dar as mesmas preocupações, pois não importa a origem e sim a formação do caráter e as interferências da cultura. Esteja pronto para dizer que não está fazendo caridade com a criança e sim, exercendo o papel de mãe ou pai de uma forma diferente.
se prepare financeiramente para a chegada do (a) filho (a).
Eu ouvi muito esse conselho, mas preferia comprar brinquedos, itens do enxoval, objetos decorativos, livros e acessórios para minha futura filha. Qual o resultado de tudo isso três anos depois? Tenho pouco mais de um salário mínimo de reserva para quando ela chegar, quando poderia ter um valor muito maior. Comece juntando aos poucos num cofre, numa poupança ou num investimento, não importa se vai ser 10 reais por semana ou 100 reais por mês. O ideal é que você possa ter um valor para comprar as roupas, acessórios que serão úteis e tudo mais que vai precisar.

Das cinco dicas acima, a última comecei quase um ano atrás, mas as outras foram o ponto de partida que seguimos. Hoje, toda nossa família apoia a decisão e participa do processo, inclusive nos dando suporte emocional quando o desânimo da espera aparece.
 Na próxima postagem sobre o tema, vou falar sobre como evitar problemas durante seu processo de adoção e espero poder ajudar muito quem como nós está esperando a cegonha chegar.
Um forte abraço e até logo:
Andreia Regina









quarta-feira, 18 de julho de 2018

Hamsa: um novo amuleto

Olá gente!
Tudo bem? Espero que sim. Por aqui vou colocando tudo nos eixos com muita fé e determinação. Não esquecendo que desde o meu aniversário ganhei de amor marido uma força extra: um colar com um pingente Hamsa, ou como é mais conhecido, a mão de Fátima.

A mão é um símbolo da antiguidade oriental, sendo usada pela primeira vez pelos fenícios como amuleto e depois incorporada pelos árabes. A presença de um olho no centro da palma é atribuída aos árabes também, como significado da onisciência e onipotência divina. Vale a pena lembrar que sempre chamamos de "olho grego", mas no oriente médio é chamado de "olho árabe" ou "olho turco".

https://www.greenme.com.br/significados/6023-hamsa-lenda-significado-mao-de-fatima

Mas quem é Fátima? é a filha caçula do Profeta Maomé e é considerada uma mulher santa, para os muçulmanos. Ela é também considerada pura e sagrada, mestra das mulheres do mundo, segundo Blenda Mallon.

Ilustração de Fátima.



Presente de amor marido, Coleção da Vivara.
Mas o que significa a Hamsa ou Mão de Fátima? segundo o livro Como compreender símbolos: guia rápido sobre simbologia nas artes , a hamsa ou hamesh é um amuleto em forma de mão estilizada, conhecida como "cinco" em árabe ou hebraico (lembrando que árabes e hebreus são o povo semita). O símbolo é conhecido como mão de Fátima, no Oriente Médio e tem como papel proteger contra o mau olhado.
Mão de Fátima em prata, Marrocos.


O dicionário de simbologia de Manfred Lurker indica que a mão simboliza felicidade, força e bênção.

https://insta.orenya.com/tag/Hamesh


O livro Símbolos místicos: um guia completo para símbolos e sinais mágicos e sagrados, a mão de Fátima significa o poder espiritual e temporal, além de força, proteção e dominação. No Islamismo, o signo representa os cinco pilares da fé muçulmana: fé, prece, peregrinação, jejum e caridade. Também simboliza a família de Fátima, seu pai Maomé, ela, seu esposo Ali e seus dois filhos Hassan e Hussain.


Além de ser um pingente que pode ser carregado no pescoço, a hamsa é também usada na decoração como adesivos, peças em porcelana, metais variados, quadros, tapetes, mantas e roupas de cama. Quem quiser incorporar este antigo e importante símbolo de proteção vai contar com uma variedade de objetos para auxiliar na tarefa essencial do dia de hoje: ajudar a nos livrar do mal:
https://www.bemcolar.com/quadro-decorativo-mao-de-fatima

https://www.elo7.com.br/adesivo-parede-hamsa
https://pt.aliexpress.com/item/Hamsa-Hand-Indian-Mandala-Floral-Multifunction-Tapestry

https://www.americanas.com.br



https://pt.aliexpress.com/item/Hamesh-Hamsa-Hand-of-Fatima-Eye-Polyester-Indian

Que possamos renovar todos os dias nossa intuição e recordar que ter fé, fazer nossas preces ou orações e ajudar aos outros nos aproxima cada vez mais de Deus.
Um beijo e até logo:
Andreia Regina
@blogterapiadacasa


quarta-feira, 27 de junho de 2018

O dia que comecei a pensar em minimalismo


Olá pessoal, tudo bem? Trago boas notícias: finalizei as disciplinas da faculdade. Depois conto como foi esse projeto. Agora já posso  retomar meu divã aqui.
O post de hoje é sobre um caminho que a minha vida tomou quando fiz 40 anos e que acredito que vai me ajudar pelos próximos 40 ou mais... o dia que comecei a pensar minimalista.
Era mais uma visita de final de semana na casa de minha sogra. Ela perguntou como eu estava e lhe disse que o cansaço era grande, pois a diarista adoeceu e precisou faltar e eu tive que colocar em ordem as coisas de todo mundo, o que incluía do meu marido e seus dois filhos. A reação de minha sogra foi muito enfática, ela me olhou e perguntou se eu estava com saudades da minha pobreza franciscana. Na hora só falei que não estava e voltei para casa com aquela pergunta na cabeça.
Meditação de são Francisco.
Caravaggio

Dias depois de processar o evento, fui buscar fotos de minha casa de quando eu era solteira e vi que era tudo bem simples, espaçoso e útil. Na sala havia um sofá, um rack com uma TV, DVD e aparelho de som, dois porta retratos e souvenir de viagem. Na sala de jantar havia uma mesa de madeira maciça com 4 cadeiras, que depois substitui por uma de metal, duas prateleiras com mais souvenir e presentes. Na cozinha, um paneleiro e um armário aéreo de duas portas. O fogão era minúsculo e a geladeira era a menor que existia. Já no home office havia uma estante de bambu com meus livros, um cabide com minhas bolsas, um painel de cartões postais e minha cama de criança, além de minha mesa com o computador. Na suíte, minha cama de madeira maciça, minha mesa de cabeceira, um guarda-roupa e nada mais. Na varanda tinham duas cadeiras modelo diretor de cinema, plantas e só. 
Percebam que eu não vivia realmente um estilo de pobreza franciscana. Tinha móveis úteis e de boa qualidade, investia em materiais duráveis, como madeira e bambu e tinha um estilo mais intimista. Com o casamento tudo se multiplicou. Na hora de fazer a lista para os presentes senti a pressão: pedir o que era caro, ou só sugerir o que seria útil e que não possuía ainda? Optamos pela segunda opção e fizemos nosso casamento uma festa feliz para todos que puderam nos presentear com aquilo que faria parte de nosso cotidiano.
Então depois de examinar as fotos, entendi que minha sogra estava confundindo consumismo com bem estar. Eu mesma estava vivendo essa confusão, acumulando mais do que devia, usando todo o meu crédito para comprar coisas que no mês seguinte não fariam mais sentido para mim ou para a minha família. 
Quando eu era solteira, não gastava tanto tempo limpando, organizando, arrumando. Pagava o financiamento da minha casa, a prestação do meu carro e ainda sobrava dinheiro todo ano para fazer uma viagem. Saía com os amigos para bares, restaurantes e podia comprar uma roupa ou sapato quando o evento pedia algo novo e especial. Claro que já fui muito consumista, investindo em roupas de marcas, joias de ouro, bolsas de grife, mas quando tive meu primeiro problema com cartões e precisei da ajuda de minha mãe para controlar as compras, foi quando realmente repensei aquela trajetória de gastos. Por isso, quando fui morar sozinha aos 24 anos, minha prioridade era ter uma morada funcional e nada mais.
Aquela frase de minha sogra me fez questionar os meus últimos anos de compras por impulso e hoje só posso agradecer o bem que ela fez me lembrando que “menos é mais”. Busquei aprender sobre como retomar aquele caminho. Li Marie Kondo dois atrás, me encantei com ela, mas precisava de algo mais forte. Vi o documentário Minimalism, na Netflix e percebi que buscava um meio termo. Foi então que me caiu nas mãos o livro de Francine Jay e então percebi que ela era o farol que eu estava buscando. Devorei o livro em uma semana, lendo sempre que tinha tempo, tomando nota, fazendo planos, e partilhando isso com minha irmã, a jornalista Andrielle Mendes.

Francine Jay.
Documentário disponível na Netflix.


O primeiro foco foi nossa sala, que aqui abriga home office, sala de estar e sala de jantar. Foi libertador retirar livros, DVDs, CDs, objetos de decoração, porta retratos e ver as superfícies livres para o que precisasse ser feito.
O segundo foco foi o quarto de nossa futura filha. Em 3 anos de espera eu já tinha muitas coisas, como baldes, cesto, kit de berço, brinquedos comprados por impulso, bolsas de maternidade de primeira linha, mamadeira, chupeta, kit higiene, lembrancinhas para o chá de boas vindas, ou seja, quase tudo o que um bebê precisa. Algumas coisas foram doadas para 2 bebês, e o que ficou, está aguardando para ir pro novo lar.
O resultado foi que em 60 dias descartei 365 objetos, ou seja, a meta de um ano para um minimalista iniciante. Imaginem quantas coisas havia na nossa casa que não eram mais utilizadas, ou estavam aguardando um evento especial, ou até mesmo a pessoa especial chegar, nesse caso, estou falando de tudo o que eu tinha comprado para quando nossa bebê chegasse pela cegonha da adoção.
Sobre o destino das coisas? A maioria foi doada. A casa Seara Espírita Francisco de Assis vai receber parte dos objetos para o bazar solidário que existe lá. Outras coisas vou oferecendo para quem eu sei que vai precisar montar um lar. É assim que aquilo que não é mais útil para nós vai sendo importante para quem precisa. 
O trabalho por aqui não terminou, apenas começou. Ainda vou me dedicar aos armários de roupa, armários da cozinha e armários do meu home office, e a certeza é que muita coisa ainda vai sair, para que o bom humor, a alegria e o tempo livre se juntem e nos ajudem a ter nossos momentos em família sob as bênçãos de São Francisco.



Ser minimalista é um processo. Não quero ser o filósofo estoicista Diógenes, que só tinha um pão, uma roupa e um barril para viver. Mas quero ser uma pessoa que vai trabalhar não para pagar pelas coisas e sim para viver novas e boas experiências, valorizando o ser no lugar do ter.

E vocês? Que área de suas vidas precisam destralhar? Venham comigo e redescobriremos juntos um novo estilo de vida.

Um grande abraço e até logo.

Andreia Regina


sexta-feira, 20 de abril de 2018

Nosso primeiro curso de adoção

Olá vizinh@s cosmopolitas, tudo bem com vocês? Espero que sim. Hoje ganhei essa folga e quero aproveitar para compartilhar tudo que aprendemos no nosso curso sobre adoção, promovido pela Comarca de Parnamirim-RN. O curso aconteceu dia 14 de março desse ano e só hoje tenho um tempinho extra para falar sobre ele.
Inicialmente quero falar das emoções que me rondavam naquela manhã. A ansiedade estava em alta e a euforia me deixou em um estado de muita sensibilidade, porém também de muita atenção, o que me ajudou a registrar com cuidado o que foi dito pela Promotora, pela Juíza, pelas Assistentes sociais e Psicóloga. Vou omitir os nomes pessoais, pois não pedi autorização para citá-las, combinado assim?

O grupo reunia quase 30 adotantes, a maioria já na fila de espera há mais de 2 anos e todos com o perfil de bebês ou crianças. A primeira fala foi da Promotora, que nos apresentou o termo responsabilidade parental e nos explicou que atualmente 65% das crianças que estão disponíveis para adoção possuem irmãos, enquanto 65% dos adotantes querem apenas uma criança. Logo, percebe-se que a conta não fecha. Eu e meu marido inclusive declaramos no nosso primeiro perfil que queríamos apenas uma menina. A fala da Promotora nos deixou bem sensibilizados com a possibilidade de mudar o nosso perfil, mas seguimos participando do curso. Como sugestão, ela nos deixou a dica de procurar o pensamento da pediatra e psicanalista Françoise Dolton nos seus estudos sobre os problemas das crianças e adolescentes.


Em seguida, recebemos a Juíza da Vara da Infância, Juventude e idosos da Comarca de Parnamirim-RN e ela nos fez refletir imensamente sobre o que de fato é adoção. Inicialmente, ela nos explicou que a adoção é um vínculo legal, no qual o laço afetivo assume o lugar do laço biológico, ou seja, o vínculo que se estabelece é afetivo para criar uma nova filiação no lugar do vínculo hereditário. Logo em seguida, ela nos esclareceu que existem 3 tipos de famílias: a família natural (biológica), a família extensa (parentes) e a família substituta (adotiva). Segundo a Juíza, com a adoção, os laços naturais são rompidos, para a defesa da nova família e dos novos vínculos. Sendo assim, a criança ou jovem é inserida em um novo núcleo familiar, o que lhe é um direito.


Após esse esclarecimento, ela passou a desmistificar o perfil que os adotantes selecionam e a limitação etária. O tempo da demora na fila depende do perfil selecionado pelos adotantes, sendo maior quanto menor for a criança (0-3 anos). Em si, o processo de destituição da família natural ou extensa é demorado, levando 90 dias no mínimo e 180 dias no máximo a partir da nova Lei da adoção nº 13.509/2017. Porém, as adoções ilegais, também chamadas de "adoção à brasileira", dificultam mais ainda o encaminhamento das crianças para abrigos monitorados pelas Varas de Infância, o que acarreta prejuízos para todos os interessados no bem estar das crianças e adolescentes.

Com a nova Lei, surge muitas mudanças positivas, mas que ainda não foram implementadas na sua totalidade pela carência de pessoal qualificado para as atividades. Um esclarecimento importante foi sobre as famílias adotantes que devolvem as crianças e jovens após o processo da adoção. A Juíza nos garantiu que essas pessoas são excluídos do cadastro nacional de adoção após análise da situação. Na nova Lei, a prioridade no Cadastro é para quem pretenda adotar crianças ou adolescentes com doenças crônicas, deficiências, necessidades especiais, e grupos de irmãos, para que se procure manter as relações entre o grupo, priorizando dessa forma o interesse da criança.

De tudo o que foi dito, uma das frases que mais me deixou bem pensativa foi:" A adoção é vínculo de amor, de afetividade e desprendimento". Três compromissos muito sérios que devem ser levados em conta, antes do ato da adoção.

O curso foi muito positivo, pois muitas dúvidas foram esclarecidas, o que vai ficar para um outro post. Eu e meu marido decidimos alterar nosso perfil. No primeiro ano desejamos uma menina de 0 até 1 ano e meio. No segundo ano alteramos para uma menina de 0 até 3 anos e em 2018, após o curso, adequamos o perfil para duas meninas com idades de 0 até 6 anos de idade.
A Vara nos informou que havia 37 meninas dentro de nosso perfil espalhadas em vários estados brasileiros. Como isso foi quase 30 dias atrás, vamos continuar aguardando e rezando para que ela ou elas cheguem o mais rápido possível para abençoar mais ainda a nossa família.
The Indian Association Promotion Of Adoption & Child Welfare: Mother & Child

Um forte abraço para todos e todas e nos sigam no Instagram, @blogterapiadacasa


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