Hoje faz um mês que deixamos a cidade de Ouro Preto e ainda não deixei de sonhar com a sua imagem, seus cheiros e texturas. Ainda lembro de quando chegamos e a primeira visão que tive da antiga
Vila Rica quase me deixou sem ar. Seus morros tomados por torres de igrejas seculares
nos transporta para outro tempo.
Exploramos a cidade intensamente, sempre caminhando com um mapa na mão que nos indicava o lugar exato dos tesouros da cultura e do patrimônio. Olhar para aquelas paisagens representava re-significar o olhar cada dia. Talvez, a pessoa que portava os óculos que achei no adro da Igreja do Carmo tenha saído com a vista curada e abandonado o seu acessório, já que não fazia mais sentido algum tê-lo. Ouro Preto é um verdadeiro colírio para os olhos.
Minha primeira preocupação na época de organização da viagem foi com a escolha do lugar no qual ficaríamos por uma semana. Foi uma pesquisa longa, mas que me levou direto para uma habitação com quase três séculos de história e que exigia uma certa reverência, daquelas que temos quando entramos nos lugares que guardam uma áurea. Assim, como não nos definimos como turistas e sim
como viajantes, nos hospedamos em Ouro Preto em uma antiga residência do século
XVIII, a pousada Pouso dos Sinos.
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Pousada Pouso dos Sinos- Ouro Preto. |
Paredes muito sólidas, piso e teto em madeira, móveis seculares e uma decoração inspirada nas antigas casas de fazenda mineiras, são esses os elementos que definem o nosso pouso. A localização totalmente privilegiada nos brindava cada manhã com um cenário diferente além de nossa janela e a presença abençoada da Igreja de São Francisco nos deixava mais confortáveis e felizes.
O Pouso dos Sinos oferecia um café da manhã que despertava todas as nossas fibras para encarar as muitas ladeiras da cidade.
O quarto que ficamos hospedados tinha essa cama maravilhosa coberta com várias colchas e pronta para receber um romântico dossel. Havia um leve declive no piso, o que me deixava angustiada, e que você pode perceber pelo ângulo da foto.
Um charme era essa cortininha no vidro da porta do quarto, que impedia que entrasse a luz da sala principal.
O cabideiro foi o meu segundo item favorito, inclusive encontrei dele para vender, mas viajando de avião nunca podemos ousar mais.
As nossas andanças nos levaram para belíssimas igrejas, algumas no centro histórico e outras localizadas no sítio de fundação da cidade, como a Capela do Padre Faria e a Igreja de Santa Efigênia.
Também enfrentamos longas caminhadas em busca da casa de Dorotéia, a famosa Marília de Dirceu. Percorremos toda a Ouro Preto localizando cada uma das pontes que Tomás Antonio Gonzaga faz alusão no seu famoso poema. Encontramos essas duas imagens na antiga casa que o poeta inconfidente morou.
É uma história de amor que não se concretizou em função da resistência da família da moça e dos envolvimentos políticos do jovem. Mas toda Ouro Preto conhece os destinos dessas suas personalidades e suas presenças são bem marcadas na antiga Vila Rica.
Mas quem merece os créditos de ter nos auxiliado em nossa busca pelo romance dramático entre o poeta e a donzela foi a autora Lúcia Machado de Almeida. Seu livro foi nosso guia, companheiro de jornada e muitas vezes nossa bússola. Sem o trabalho dessa pesquisadora, teríamos ao final da viagem, uma visão totalmente parcial e distante da realidade dessa cidade dourada.
Não poderia deixar de falar do produto mais tradicional da cozinha mineira, o pão de queijo. Tão diferente do que comemos nas lanchonetes e padarias daqui. O pão é grande, com bastante queijo e geralmente servido com um recheio. Tem como resistir? Claro que não.
Enfim, confesso que deixei Ouro Preto com lágrimas nos olhos. Nunca amei tanto uma cidade assim. Foi um amor à primeira vista e que no primeiro instante já me deixou cheia de saudades. Eu pensava que tinha amado Lisboa e Sidney, porém nunca sonhei em retornar com a mesma força que imagino nossa próxima viagem para Ouro Preto. Vamos assim curtindo os próximos anos de saudades.
Um charme era essa cortininha no vidro da porta do quarto, que impedia que entrasse a luz da sala principal.
O cabideiro foi o meu segundo item favorito, inclusive encontrei dele para vender, mas viajando de avião nunca podemos ousar mais.
As nossas andanças nos levaram para belíssimas igrejas, algumas no centro histórico e outras localizadas no sítio de fundação da cidade, como a Capela do Padre Faria e a Igreja de Santa Efigênia.
Também enfrentamos longas caminhadas em busca da casa de Dorotéia, a famosa Marília de Dirceu. Percorremos toda a Ouro Preto localizando cada uma das pontes que Tomás Antonio Gonzaga faz alusão no seu famoso poema. Encontramos essas duas imagens na antiga casa que o poeta inconfidente morou.
É uma história de amor que não se concretizou em função da resistência da família da moça e dos envolvimentos políticos do jovem. Mas toda Ouro Preto conhece os destinos dessas suas personalidades e suas presenças são bem marcadas na antiga Vila Rica.
Mas quem merece os créditos de ter nos auxiliado em nossa busca pelo romance dramático entre o poeta e a donzela foi a autora Lúcia Machado de Almeida. Seu livro foi nosso guia, companheiro de jornada e muitas vezes nossa bússola. Sem o trabalho dessa pesquisadora, teríamos ao final da viagem, uma visão totalmente parcial e distante da realidade dessa cidade dourada.
Não poderia deixar de falar do produto mais tradicional da cozinha mineira, o pão de queijo. Tão diferente do que comemos nas lanchonetes e padarias daqui. O pão é grande, com bastante queijo e geralmente servido com um recheio. Tem como resistir? Claro que não.
Enfim, confesso que deixei Ouro Preto com lágrimas nos olhos. Nunca amei tanto uma cidade assim. Foi um amor à primeira vista e que no primeiro instante já me deixou cheia de saudades. Eu pensava que tinha amado Lisboa e Sidney, porém nunca sonhei em retornar com a mesma força que imagino nossa próxima viagem para Ouro Preto. Vamos assim curtindo os próximos anos de saudades.
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ResponderExcluirOlá Maria Rita, tudo bem? Então somos duas apaixonadas pela mesma cidade e isso é muito bom! Eu sonhava com Minas Gerais desde criança, mas achava tão longe que nunca pensei que viveria dias tão únicos naquela terra. E agora que faz nove meses que retornei de lá, só penso em quando vou retornar. Eu também espero morar lá um dia, quem sabe não seremos vizinhas?
ExcluirUm grande abraço e fica com Deus.
Andreia Regina