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The swing. Fragonar.
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Quem já sentiu a vida em suspense, balance a mão! A impressão é angustiante, aterradora e ao mesmo tempo fascinante. Ficamos balançando de um lado a outro, impulsionados por forças obscuras que não conseguimos identificar, sem poder retomar nosso eixo.
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The swing. Nicolas Lancret.
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Uma bela expressão define um pouco essa situação: "Balançar ao sabor do vento". Mas, que força natural é essa que nos empurra de um lado a outro sem deixar que coloquemos qualquer resistência? É o vento? É nossa vontade, ou ausência dela? É o destino? Não sabemos como definir essa oscilação em nossa vida, mas percebemos que as nossas programações são interrompidas, nossas metas ficam mais distantes e acima de tudo, perdemos um pouco do rumo que tínhamos traçado anteriormente.
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The swing. Fragonard.
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Chega a ser bastante desconfortável imaginar que em determinados momentos nossa energia para agir é drenada, nos deixando com apenas uma possibilidade, aguardar o porvir. Mas o que podemos esperar quando o movimento do balanço cessar?
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The Swing. Renoir.
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É preciso que durante o balanço possamos aproveitar para refletir sobre nossas prioridades e urgências. É tempo para aprender algo, como me disse ontem uma pessoa muito querida e sensível. Aprender algo de novo sobre nós mesmos, as vezes exige que deixemos de lado nossa razão e simplesmente aproveitemos o movimento.
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The Swing. Yinka Shonibare.
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Ainda nos resta duas escolhas, poderemos desfrutar dessa condição encarando como uma doce pausa em nossas rotinas diárias ou nos sentiremos como o pendurado: forçado a um castigo até expiar suas culpas.
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O pendurado. Tarô Visconti-Sforza. Século XV.
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A diferença está em um único ponto de perspectiva e devemos nos perguntar se a vida em suspense é uma pausa ou um castigo.
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The Swing. Francisco Goya.
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O enforcado. Sallie Nichols.
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